sábado, maio 18, 2024
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Google lança ferramentas para proteger a biodiversidade da Amazônia

A Amazônia é sinônimo de biodiversidade no mundo. Este bioma tão rico em recursos naturais, infelizmente, vem sendo ameaçado por diversas atividades antrópicas como o garimpo e a extração de madeira ilegais e o desmatamento de florestas para a criação de gado.

No intuito de contribuir com a preservação da biodiversidade desse bioma, o Google anunciou uma série de iniciativas que vão desde o rastreamento da madeira vendida na Amazônia até o fortalecimento do empreendedorismo de mulheres indígenas. As ações adotadas pela empresa ocorreu em evento particular em Belém do Pará.

A primeira iniciativa anunciada foi a produção de vídeos informativos, educacionais e científicos sobre as questões ambientais e as consequências das mudanças climáticas. Esse conteúdo será produzido por ONGs como a The Nature Conservancy Brazil (TNC) e o Idesam e será publicado no Youtube.

Segundo a  gerente de parcerias estratégicas do YouTube Brasil, Indiana Torretta, a parceria com as ONGs “vai resultar na criação de mais de 50 vídeos diversos e relevantes sobre a questão do clima e sustentabilidade, ajudando as pessoas a ficarem bem informadas sobre esses temas”.

Outra ação divulgada pelo Google foi doação de 2 milhões de reais para o Programa de Fortalecimento e Protagonismo Empreendedor das Mulheres Indígenas do Amazonas da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). O dinheiro será para promover a qualificação digital e apoiar financeiramente empreendimentos chefiados por mulheres indígenas.

Para a supervisora do Programa Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, essa ação da Google é importante para mulheres indígenas como ela ainda mais nesse momento de retomada pós-pandemia. É uma forma de valorizar as mulheres indígenas e reconhecer a sua importância.

A outra iniciativa anunciada no evento foi uma parceria entre Google e a The Nature Conservancy (TNC) no Brasil, com o projeto Digitais da Floresta. O objetivo dele é desenvolver tecnologias que unem conhecimentos de bioquímica para identificar e rastrear a origem da madeira comercializada da Amazônia.

De acordo com Alessandro Germano, diretor de parcerias globais do Google Brasil, a intenção é construir “um modelo de inteligência artificial que seja capaz de estimar onde estava a árvore que deu origem a madeira.

Essa construção “exige a manipulação e a interpretação de extensas bases de dados”, acrescenta”. Por isso, queremos ajudar também doando nosso talento e DNA para dar escala ao projeto”, disse Germano.

O projeto Digitais da Floresta conta com apoio da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Trase.

Lucila Freire

Geógrafa e Especialista em Gestão e Auditoria Ambiental. Atua como Consultora Ambiental. Fundou o Sustentabilidade No Ar, pois acredita na forte influência que os meios de comunicação têm sobre a sociedade e quer utilizá-lo para inspirar pessoas e promover conscientização ambiental.