As abelhas e sua importância para a biodiversidade

As abelhas são animais essenciais para a manutenção dos ecossistemas e para a sobrevivência humana. Junto com outros insetos, são responsáveis pela polinização de 80% das plantas com flores, o que possibilita a reprodução das plantas e a produção de alimentos.

Apresentam grande importância econômica, pois, além de polinizarem as plantações, produzem substâncias utilizadas pelo homem como o mel, o própolis e a cera. O mel é usado como alimento, o própolis para uso medicinal e a cera para a fabricação de cosméticos. O próprio veneno da abelha é usado para tratamento de doenças reumáticas.

Atualmente, são conhecidas pela comunidade científica vinte mil espécies de abelhas no planeta, as quais estão distribuídas de forma não uniforme pelos continentes. Essas espécies vivem de forma solitária ou em colônias com cerca de 80 mil indivíduos.

Características gerais das abelhas

As abelhas são insetos pertencentes à Família Apidae. Costumam ter tamanho menor que três centímetros e apresentam um corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen. Têm regiões de seu corpo cobertas por pelos, os quais evitam a perda de água, protegem-nas de predadores e ajudam a fixar os grãos de pólen.

Na cabeça, possuem um par de antenas com estruturas olfativas e auditivas, que auxiliam na orientação do voo, e cinco olhos – três na área frontal e dois na lateral. Também, estrutura bucal que permite mastigar materiais sólidos, sugar líquidos e cortar e manipular cera e própolis na construção do ninho.

No tórax, possuem têm três pares de pernas que auxiliam na locomoção delas e no transporte do pólen. No abdômen, estão situados diversos órgãos como os do sistema digestivo, circulatório, excretor, bem como glândulas produtoras de cera e o ferrão que é usado para defesa.

As abelhas alimentam-se basicamente do néctar e pólen que coletam das flores, mas também consomem água e mel. Durante a alimentação, devido aos pelos do corpo, as abelhas ficam cobertas de pólen que caem em outras flores quando elas param para recolher mais alimentos.

Levando o pólen em seus pelos, as abelhas promovem a fecundação das flores. Com isso, elas contribuem para a manutenção da biodiversidade e a produção de alimentos para outros animais e seres humanos.

Sociedade das abelhas

As abelhas vivem em colônias com cerca de 80 mil indivíduos que trabalham de forma cooperativa. Essas colônias são organizadas por castas com funções bem definidas. As três castas existentes nessa sociedade são a Rainha, as Operárias e os Zangões.

A Rainha é a única fêmea que se reproduz nessa sociedade. Ela, além de manter a organização da colmeia, é quem põe os ovos e atrai os zangões para fecundá-los. Seu tamanho bem maior que o das operárias e ela é responsável por manter as abelhas na colônia através da liberação de um feromônio de agregação.

As Operárias são as abelhas que realizam todo o trabalho dentro da colônia como a produção de alimento, a higienização, a defesa e a manutenção da temperatura. Elas não apresentam órgãos reprodutores desenvolvidos.

Os zangões são os machos da colônia. Sua função é garantir a fecundação da rainha. Eles não realizam trabalho dentro da colmeia e morrem após a copulação, pois seu órgão genital fica preso à rainha. Ao tentar se soltar, esse órgão se rompe.

Ameaças as abelhas

As populações de abelhas vem sendo reduzidas significativamente no mundo. As principais causas desse declínio são o uso de defensivos agrícolas nas plantações que provocam a mortandade desses animais, a destruição e degradação das áreas florestais que diminuem a fonte de alimento delas e as mudanças climáticas.

No Brasil, essas pressões se intensificam ainda mais sobre as espécies de nativas. Isto porque, além da produção agrícola e dos desequilíbrios causados por essa atividade, há a ação de espécies exóticas como a Apis mellifera que sobrepujam as espécies nativas por não terem ferrão. A Apis mellifera é mais agressiva e exerce forte pressão competitiva.

Devido as ameaças que colocam em risco a sobrevivência das abelhas, faz-se urgente a implementação de políticas de conservação desse animal. Somente com a sua conservação, será possível garantir o equilíbrio dos ecossistemas e a segurança alimentar de animais e humanos.