Nova York aprova lei para acabar com a venda de animais em lojas
Os grupos de defesa do bem-estar animal estão comemorando a aprovação de uma legislação inovadora do Estado de Nova York. Chamada de Puppy Mill Pipeline Bill, a lei vai encerrar a venda de cães, gatos e coelhos em lojas de animais de todo o Estado.
Defendida pela deputada Linda B. Rosenthal e pelo vice-líder do Senado, Michael Gianaris, a lei segue para a governadora Kathy Hochul. Se assinada por ela, interromperá o fluxo de filhotes criados com crueldade para venda em Nova York.
“Ao longo dos anos, tentamos regular as lojas de animais, mas a indústria continua priorizando os lucros sobre o bem-estar dos animais. Minha legislação finalmente fechará o caminho para a fábrica de filhotes de uma vez por todas”, disse Linda B. Rosenthal.
O Puppy Mill Pipeline Bill é apoiado pelos principais grupos de bem-estar animal, incluindo a Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (ASPCA), a Sociedade Humanitária dos Estados Unidos (HSUS), e por milhões de amantes de animais.
A ASPCA argumenta que os filhotes vendidos em lojas de animais vêm de criadouros onde a crueldade impera. Neles, as fêmeas reprodutoras são mantidas em gaiolas lotadas por toda a vida, sem abrigo adequado, cuidados veterinários, comida ou socialização.
Nesses locais, as fêmeas não são tratadas como animais de estimação, mas sim como uma “máquina para gerar filhotes” que são enviados e vendidos para pet shops. Esses filhotes, muitas vezes, sofrem de graves problemas de saúde e comportamentais, mas são comercializados como saudáveis.
Os criadouros ou “fábricas de animais” são projetados para priorizar o lucro sobre o bem-estar dos animais. Eles fazem parte de um sistema perverso que ignora as necessidades dos animais e que transforma os bichos em um produto para comercialização.
Esse sistema perverso não foi ainda desfeito porque é legal vender filhotes em lojas de animais de Nova York. Porém, se a Puppy Mill Pipeline Bill for sancionada, Nova York impedirá os criadouros de chegarem aos os lojistas e, consequentemente, ao consumidor final.
“Proibir a venda de cães, gatos e coelhos nas lojas de animais de Nova York será um golpe quase mortal para as fábricas de filhotes”, disse a deputada Linda B. Rosenthal. “É um passo importante para combater as operações comerciais que colocam o lucro acima do bem-estar e da saúde dos animais.”