Empresa transforma rejeitos em combustível alternativo
Dar a destinação adequada aos resíduos sólidos urbanos e industriais não é uma tarefa fácil, principalmente nos grandes centros urbanos. Na maioria dos municípios brasileiros, o lixo vai para aterros ou lixões a céu aberto, o que provoca a contaminação do ambiente.
De todos os resíduos, o mais difícil de tratar é o rejeito, ou seja, aquele que não é reciclável. Por não poder aproveitá-lo, ele costuma ser aterrado com materiais orgânicos, o que sobrecarrega os locais de disposição final de resíduos. Porém, uma iniciativa em Pedro Leopoldo está mudando essa lógica.
Nessa cidade, que fica em Minas Gerais, a empresa de soluções ambientais, Geocycle, está transformando rejeitos do município em combustível alternativo que é utilizado em fornos de cimento da LafargeHolcim. O trabalho é feito em parceria com a associação de catadores da (Ascapel).
A Ascapel faz a coleta do material segregado pelos próprios moradores em suas residências e em “muros inteligentes” que são pontos de coleta seletiva instalados em escolas públicas. Depois, separa o que não pode ser reciclado. A Geocycle recolhe esses rejeitos e os das indústrias.
A Geocycle processa esses resíduos em trituradores e os queima junto com outro combustível nos fornos de cimento. Segundo o diretor geral da empresa, Juliano Menezes de Melo, as emissões atmosféricas geradas no processo estão de acordo com o padrão exigido pelo órgão ambiental responsável.
A iniciativa da Geocycle e Ascapel já evitou que 62 toneladas de lixo urbano fossem despejadas nos aterros sanitários de Pedro Leopoldo. Além disso, trouxe economia de recursos financeiros ao município que paga, por peso, pela disposição final dos resíduos.
Para Juliano Menezes, o processamento e a queima dos rejeitos é uma maneira de recuperar a energia térmica do material que, se não fosse usado para esse fim, iria para o lixo. Ele ajuda a preservar os recursos naturais e aumenta a vida útil de aterros sanitários.
