terça-feira, setembro 17, 2024
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Presidente COP28 apresenta plano para triplicar energia renovável até 2030

O aquecimento global está cada vez mais evidente e, por isso, é preciso tomar medidas urgentes para minimizar seus efeitos sobre o clima do planeta. Até o momento, metas internacionais foram estabelecidas para amenizar esse problema. No entanto, pouco tem sido feito na prática para alcançá-las.

Com o intuito de chamar a atenção para esse problema, o novo presidente da cúpula do clima da ONU, Sultan Al-Jaber, disse, em reunião para ministros e autoridades de vários continentes, que “os países estão atrasados em relação às metas e que eles precisam concordar com um plano para entrar no caminho certo”.

Em seu discurso, Sultan Al-Jaber afirmou que, a Conferência sobre mudanças climáticas – COP28, que acontecerá em novembro deste ano, deve estabelecer metas internacionais para triplicar a energia renovável e dobrar a economia de energia e a produção de hidrogênio até 2030.

Segundo ele, nesse momento, é preciso que todos sejam “honestos sobre as lacunas que precisam ser preenchidas, as causas profundas e como chegamos aqui hoje”. Também, “aplicar uma resposta abrangente, voltada para o futuro e orientada a ações para abordar essas lacunas de forma prática”.

A COP28 será a primeira avaliação formal do progresso dos países em direção à meta do Acordo de Paris que é limitar a 1,5 grau Celsius o aumento da temperatura do planeta. Esse objetivo não foi com as atuais políticas e promessas dos países. Então, será preciso novas medidas.

A avaliação da COP28, conhecida como Global Stocktake, aumentará a pressão sobre os principais países emissores de gases de efeito estufa como a China, os Estados Unidos e outros. Com isso, os governos ficarão “obrigados” a melhorar suas ações para reduzir o lançamento desses gases.

Jaber falou em reunião que todos os governos devem atualizar suas metas de redução de emissões até setembro desse ano, assim como os Emirados Árabes Unidos fizeram no mês passado. Também, que a COP 28 vai retomar as negociações para estabelecer um fundo de compensação de danos climáticos.

Esse fundo visa compensar os países mais pobres onde as mudanças climáticas estão causando danos irreparáveis. No ano passado, na COP27, os países concordaram em formar um fundo de “perdas e danos” climáticos, mas não o criaram nem decidiram quais países deveriam pagar por ele.

Lucila Freire

Geógrafa e Especialista em Gestão e Auditoria Ambiental. Atua como Consultora Ambiental. Fundou o Sustentabilidade No Ar, pois acredita na forte influência que os meios de comunicação têm sobre a sociedade e quer utilizá-lo para inspirar pessoas e promover conscientização ambiental.