Escola floresta: o modelo de ensino que estimula a conexão com a natureza
Você já ouviu falar em escolas florestas? São escolas que adotam o ambiente natural como sala de aula. Criadas na Dinamarca na década de 1950, elas tiram as crianças de locais fechados e levam-nas para áreas verdes com o intuito de estimular a conexão com a natureza e promover o aprendizado por meio de brincadeiras ao ar livre.
Nesse modelo de ensino, os alunos exploram o natural. “Observam os insetos, brincam, cuidam de animais como coelhos, constroem estruturas de madeira, cantam, escutam histórias, dormem em cabanas abertas e cozinham sobre fogueiras”. Também, aprendem sobre matemática, biologia e outras disciplinas com a ajuda de objetos naturais ou através da observação do ambiente.
Nas aulas, as crianças são supervisionadas por pedagogos que incentivam o uso da imaginação, o contato com a natureza, a autonomia, a criatividade, dentre outros. Elas recebem orientação e são monitoradas, mas não são superprotegidos como em escolas tradicionais. Isto porque a superproteção produz crianças assustadas e paralisadas que, futuramente, podem virar adultos inseguros.
A metodologia das escolas florestais permite que os educandos construam sua autoconfiança e aumentem sua resiliência. Além disso, possibilita que eles desenvolvam habilidades motoras, intelectuais, emocionais e sociais que os ajudarão, quando adultas, a gerenciar situações desafiadoras e de insegurança com mais facilidade.
O funcionamento dessas escolas se dá em tempo integral ou parcial. A primeira leva as crianças em ônibus para passarem o dia inteiro na natureza. A outra divide suas atividades entre dentro e fora de sala, porém com foco na atividade ao ar livre. As duas operam das 7h às 17h, com turmas entre 10 e 20 crianças, supervisionadas por dois, três ou quatro pedagogos.
Ao contrário do que se pensa, essas instituições seguem o mesmo enquadramento jurídico que as demais escolas tradicionais. Tanto é que, para funcionarem, precisam apresentar um plano de como garantirão que as crianças sejam estimuladas a desenvolver determinadas habilidades como linguagem, desenvolvimento motor, dentre outras.
As escolas florestais são custeadas, em parte, pelos pais e a outra parte pelo Governo Local, e elas são fiscalizadas periodicamente. Hoje, existem unidades delas em alguns lugares do mundo como Estados Unidos, Canadá, Suíça e Reino Unido, mas em pequena quantidade. Elas estão crescendo em número e pretendem transformar a educação formal em algo prazeroso e motivador.
