domingo, setembro 15, 2024
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Novo supercontinente deve se formar em 300 milhões de anos

A história geológica do planeta Terra é ainda um mistério para os cientistas. No entanto, há teorias sobre a sua formação. Uma delas é a da Pangeia que considera que a superfície terrestre foi um único supercontinente há, aproximadamente, 300 milhões de ano.

Devido aos movimentos tectônicos, essas massas terrestres se separaram e deram origem aos continentes como vemos hoje. Sabe-se que a crosta da Terra continua se deslocando e esta terá uma configuração diferente do que conhecemos na atualidade.

Para descobrir a provável configuração dos continentes, cientistas, por meio de supercomputadores, simularam o cenário futuro da crosta terrestre. No estudo, eles concluíram que ela dará origem a um novo supercontinente chamado de Amásia daqui a 200 ou 300 milhões de anos.

Na simulação, os estudiosos perceberam que a Terra está esfriando há bilhões de anos e que a espessura e a força das placas tectônicas sob os oceanos estão diminuindo com o tempo. Isso, segundo o artigo, dificulta a retração de oceanos “jovens” como o Atlântico ou o Índico.

Como o Oceano Pacífico já está diminuindo cerca de um centímetro ao ano, os estudiosos acreditam que ele se fechará no futuro e que a América colidirá com a Ásia, formando Amásia. Eles também preveem que a Austrália colidirá com a Ásia e se conectará com a América quando o Pacífico fechar.

O principal autor do estudo, Chuan Huan, disse que ,“nos últimos dois bilhões de anos, os continentes colidiram para formar um supercontinente a cada 600 milhões de anos”, processo conhecido como ciclo do supercontinente. De acordo com ele, esse processo deve acontecer novamente em algumas centenas de anos.

Segundo John Curtin, coautor da pesquisa, quando a Amásia for formada, haverá uma alteração significativa nos ecossistemas e meio ambiente. “Espera-se que, nela, o nível do mar seja mais baixo e o vasto interior do supercontinente seja muito árido com altas temperaturas diárias”.

A simulação do cenário futuro dos continentes foi realizado por pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália. Esse estudo foi publicado em artigo científico na Revista National Science Review no final de Setembro desse ano.