sábado, maio 18, 2024
Ciência e TecnologiaNotícias

Filtro supereficiente remove microplásticos da água em segundos

Os microplásticos, fragmentos de plásticos com dimensões micrométricas, estão presentes em todos os lugares, principalmente nos rios e oceanos. De difícil remoção, esses resíduos têm grande potencial de alterar a biota e de trazer problemas de saúde aos humanos.

Atualmente, esses resíduos são retirados da água com o uso de produtos químicos sintéticos, os quais são prejudiciais aos humanos e às plantas. Com o intuito de criar um sistema que elimine esse poluente sem causar danos ambientais, pesquisadores coreanos desenvolveram um filtro supereficiente.

O filtro supereficiente consegue remover 99,9% dos microplásticos e 98% dos compostos orgânicos voláteis (COV), substâncias tóxicas que inaladas podem provocar inúmeras doenças como câncer e alterações no sistema nervoso. O equipamento purifica a água em apenas 10 segundos.

Feito a partir da triazina (C3H3N3), um material de baixo custo, o filtro é um polímero poroso que apresenta uma ação fototermal. Essa propriedade permite ao polímero absorver um largo espectro da luz solar e convertê-la em calor para acionar e manter o processo de purificação da água.

Além de ser rápido na filtragem e ter baixo custo de fabricação, o polímero é reciclável, podendo ser usado várias vezes sem perda de desempenho. Ele não necessita de um elevado aporte de energia térmica para limpá-lo quando está saturado e pode ser fabricado em escala industrial.

O filtro supereficiente para remoção de microplásticos foi descrito em artigo científico na revista ResearchGate. Os seus criadores disseram que é “uma tecnologia de purificação de água incomparável, com a maior eficiência de purificação do mundo” e em velocidades ultra rápidas.

O professor Park Chi-Young, do Instituto de Ciência e Tecnologia Daegu Gyeongbuk (DGIST), um dos criadores da tecnologia disse que espera que essa tecnologia se torne universal, pois pode purificar a água contaminada e fornecer água potável mesmo em áreas onde não há fornecimento de energia.