quinta-feira, maio 9, 2024
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Estudantes desenvolvem sabonete natural que combate efeitos da dermatite

A dermatite atópica é uma condição crônica da pele que causa inflamação, coceira intensa e erupções cutâneas. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença genética afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos no Brasil. A partir de diversas pesquisas, os estudantes do Colégio Estadual Antônio Batista, do município de Candiba, Bruna Hellen, Evelyn Fernandes, Ranielle Matos, com orientação de William Oliveira, desenvolveram um sabonete utilizando plantas medicinais da região para combater os efeitos dessa patologia.

Bruna Hellen, Evelyn Fernandes, Ranielle Matos desenvolveram um sabonete natural que combate a dermatite atópica. Foto: SECTI

O sabonete é feito com base nas folhas de pitanga, pó de aroeira e o própolis, produto elaborado pelas abelhas. Bruna destaca os benefícios do produto natural. “Não conhecemos nenhuma outra proposta natural especificada para o tratamento exclusivo da dermatite. Nosso sabonete pretende tratar as erupções cutâneas da dermatite, se adaptar aos demais tipos de dermatite, mesmo com as suas diferentes causas, limpar a pele ressecada e descamada, sem agredir, e atuar como anti-inflamatório, ou seja, cuidar dos ferimentos causados pelo ressecamento”.

A estudante revela que a proposta surgiu quando a equipe precisou criar um projeto para uma feira de ciência e identificou que uma de suas integrantes sofria de dermatite. “Após muitas pesquisas de como fazer um produto eficiente para a sociedade, nasceu a ideia de desenvolver um sabonete natural para tratamento de dermatite atópica, pois uma das integrantes do grupo possui a patologia. Desenvolvemos o sabonete mais natural possível e com o intuito de ajudar e fornecer um produto de alta qualidade para as pessoas”.

O projeto participou da Tenda da Ciência, feira promovida pelo Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Campus Guanambi, e foi premiado com uma bolsa de quatro meses do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Nós tivemos ótimos resultados com o sabonete, o que tornou nosso produto muito conhecido no município. Nosso próximo passo é testar o sabonete em outros tipos de inflamações e estudar a sua eficácia na pele das pessoas”, projeta Bruna.


As informações são da SECTI