PA, MA e TO lançam Plano de Ação para proteger espécies ameaçadas
Na última Sexta-feira, dia 03, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA-MA), em parceria com os Institutos Naturatins (Governo do Tocantins) e IDEFLOR-Bio (Governo do Pará) lançaram o Plano de Ação para Conservação de Espécies Criticamente Ameaçadas de Extinção no Território Meio Norte – o PAT MEIO NORTE.
O PAT MEIO NORTE é financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente e faz parte do Projeto Pró-Espécies que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Ele representa uma estratégia de gestão de espécies ameaçadas de extinção em territórios menos protegidos e com alta relevância para a biodiversidade. Seu objetivo é promover a conservação da flora e fauna da Amazônia e do Cerrado.
Esse plano define um território contínuo entre os Estados do Maranhão, Pará e Tocantins e estabelece ações prioritárias para conservação de 12 espécies-alvo que estão criticamente ameaçadas de extinção e que não estão inseridas em outras formas de políticas públicas ou instrumentos de conservação da biodiversidade. As ações de conservação também vão beneficiar outras 70 espécies indiretamente.
Dentre as 12 espécies-alvo definidas no plano, estão a ave Crax fasciolata pinima; os invertebrados Coarazuphim tapiaguassu, Glomeridesmus spelaeus, Leptokoenenia pelada, Pseudonannolene spelaea; os peixes Crenicichla cyclostoma, Hypsolebias tocantinenses, Lamonctichthys parakana, Microglanis robustus e as plantas Erythroxylum ayrtonianum, Mimosa skinneri var. carajarum e Rinorea villosiflora.
Segundo a analista ambiental da SEMA, Laís Morais Rêgo Silva, o PAT MEIO NORTE foi construído de forma participativa, com representantes da sociedade civil organizada, do poder público estadual, municipal, federal e da iniciativa privada. Ela disse que o plano foi elaborado por meio de oficinas virtuais que ocorreram entre Setembro de 2020 e Abril de 2021.
No PAT MEIO NORTE, foram definidas 27 ações voltadas à pesquisa de espécies ameaçadas de extinção, à capacitação de diferentes atores (sociedade civil, poder público e iniciativa privada), à implementação de medidas de conservação e manejo in situ, ex situ e on-farm e ao fortalecimento da legislação ambiental para a conservação de espécies ameaçadas de extinção no Território Meio Norte.
Laís afirma que o lançamento do plano de ação para proteger espécies criticamente ameaçadas de extinção “representa um momento muito importante” porque “contribui para que os órgãos apresentem para a sociedade os desafios e ações a serem desenvolvidos na área da conservação ambiental”.