Máscara de celulose biodegradável: o novo aliado no combate ao Covid-19
A pandemia de Covid-19 provocou uma busca excessiva por máscaras faciais de proteção individual. Isso levou ao escasseamento do produto nas lojas, deixando desabastecidos até mesmo hospitais e clínicas. Para driblar essa situação, surgiram muitas soluções criativas, porém a maioria usa o plástico como matéria-prima, o que não é nada sustentável.
Pensando em resolver essa situação, os designers Garrett Benisch e Elizabeth Bridges, da Sum Studio, desenvolveram uma máscara de celulose biodegradável que pode ser produzida em casa ou outros locais. A máscara é gerada por uma bactéria comum (xilinum acetobacter) na superfície de um líquido formado por água, chá e açúcar.
A bactéria, quando imersa nessa mistura, multiplica-se e tece uma membrana translúcida que, ao atingir a espessura desejada, pode ser colhida, seca e transformada em máscara. A película resultante se assemelha a uma folha, mas é flexível, forte e facilmente degradável no ambiente.
O material gerado é composto por uma teia estreita de fibras de celulose, a qual pode ser visualizada com ajuda de um microscópio. Essa malha incrível, entretanto, degrada-se muito rapidamente, precisando ser impermeabilizada ou oleada para proporcionar a suavidade e resistência necessárias.
A máscara de celulose leva, em média, duas semanas para ser formada. Embora o tempo de produção “seja longo”, compensa sua fabricação se considerarmos os custos ambientais. As máscaras plásticas, por exemplo, levam 500 anos para se decompor e se acumulam no lixo, enquanto que esta é degradada pela natureza tão facilmente como frutas e vegetais.
Apesar do grande potencial e utilidade que esta inovação tem, ela é apenas um protótipo que precisa ser testado. Os inventores pretendem, com essa técnica, criar máscaras tão eficazes quanto as feitas com filtros de polímeros.