Mais de 4 mil animais são devolvidos à natureza pela Polícia Ambiental
Nesta Sexta-feira (5), data que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgou dados sobre o resgate de animais silvestres no Estado. Segundo o órgão, entre Janeiro e Maio deste ano, cerca de quatro mil animais de diferentes espécies foram libertados pelas unidades da Polícia Ambiental de Salvador, Região Metropolitana e interior do estado.
De acordo com o SSP-BA, as aves, em especial, os passarinhos, são as principais espécies mantidas em cativeiros, pois são vistas e mantidas como bichos de estimação por grande parte da população. O delegado plantonista da 1a Delegacia Territorial (DT) de Porto Seguro, Laerte Eduardo Neto, acredita que as pessoas praticam crimes desse tipo porque pensam que cometer um ato contra à natureza não podem levá-las a responder judicialmente.
Na realidade, manter uma espécie longe do seu habitat é uma infração à Lei de Crimes Ambientais (n° 9605/98) e esta traz consigo um risco à natureza já que impede a procriação e a dispersão do animal no espaço territorial. Isso impacta diretamente o equilíbrio do meio ambiente e pode levar a espécie em extinção.
O Coronel Sérgio Freire, do Comando de Policiamento Especializado, afirmou que a prisão ilegal de animais silvestre em cativeiros é uma situação que a sua equipe se depara diariamente. Além deste crime ambiental, há outros como queimadas, pesca proibida e desmatamento que ocorrem cotidianamente e que vêm sendo combatidos pela Polícia Ambiental.
Só nos primeiros cinco meses deste ano, cerca de 100 pessoas foram conduzidas para unidades da Polícia Civil, 45 presas em flagrantes, além de aproximadamente 135 armas (de fogo e branca) apreendidas pelas unidades de Polícia Ambiental nas ocorrências atendidas.
Sérgio Freire afirmou que ele e seu efetivo continuarão firmes nessas ações de combate a crimes ambientais visto que não são delitos bobos como muitos pensam, mas sim crimes que afetam a biodiversidade e a vida humana.
Fonte: Ascom / Silvânia Nascimento