quinta-feira, setembro 19, 2024
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G7 promete eliminar progressivamente o uso de carvão

Ministros de Energia e Meio Ambiente dos sete países mais ricos do mundo (G7), comprometeram-se, nesta última Sexta-feira, a eliminar gradualmente a energia movida a carvão, embora não tenha definido uma data específica para isso. Os representantes também prometeram medidas contra a poluição plástica e empenho na conservação e proteção de 30% de suas áreas costeiras e marinhas até 2030.

O acordo, anunciado ao final de uma Cúpula de três dias em Berlim, foi firmado pela Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão, Canadá e Estados Unidos. O compromisso vem num momento em que a Europa busca novas fontes de energia para tentar reduzir sua dependência do petróleo e do gás russo em meio à guerra na Ucrânia.

Esse é o primeiro compromisso do G7 para eliminar a energia movida a carvão. Nele, os países concordaram em descarbonizar grande parte dos setores de energia até 2035 e interromper o financiamento público para projetos de combustíveis fósseis no exterior até o final deste ano, exceto aqueles que visam a segurança nacional e interesses geoestratégicos.

Na cúpula, o G7 prometeu garantir um setor rodoviário altamente descarbonizado até 2030, incluindo o aumento significativo da venda, participação e aceitação de veículos leves de emissão zero. Também, comprometeu-se a aumentar o financiamento climático para países em desenvolvimento até 2025. A medida visa ajudar os países mais vulneráveis a lidar com os efeitos das mudanças climáticas.

Durante o anúncio do acordo, os ministros comunicaram que pretendem descarbonizar a indústria, particularmente a de aço e cimento, pois estas são altamente poluidoras. Também, disseram que vão aumentar a cooperação com projetos que envolvem a produção de hidrogênio verde.

David Ryfisch, do grupo ambientalista Germanwatch, afirmou que o acordo representa um “progresso significativo”, pois ocorreu durante “uma situação geopolítica muito difícil”

Já a ministra alemã do Meio Ambiente, Steffi Lemke, considerou que as negociações em Berlim foram um sucesso porque “as três crises existenciais do nosso tempo” – mudança climática, extinção global de espécies e resíduos plásticos – foram “pensadas em conjunto”.


Com informações do G1 e UOL