Refugiados africanos estão transformando resíduos plásticos em móveis
Os campos de refugiados, situados na fronteira ocidental da Argélia, na África, abrigam milhares de pessoas que geram muito lixo plástico, o qual é despejado nas proximidades do deserto do Saara. Para dar um destino adequado a esses resíduos, foi montado, em um desses acampamentos, um centro de reciclagem, o qual transforma plásticos descartados em móveis e outros produtos.
O centro de reciclagem surgiu após a Agência de Refugiados das Nações Unidas, ACNUR, lançar um apelo por soluções para o lixo dos acampamentos. Ele foi montado com a ajuda da Precious Plastic, uma organização sem fins lucrativos que desenvolveu um sistema que torna a reciclagem mais acessível. Esta instituição construiu um equipamento de reciclagem e o enviou para a Argélia.
O equipamento tritura o plástico em pedaços minúsculos. Também, lava e seca esses pedaços para que sejam derretidos e colocados em moldes, formando novos objetos. A máquina também permite prensar o plástico triturado em folhas planas. Essas folhas, que ficam com o desenho da distribuição dos fragmentos plásticos, servem para fazer móveis.
Com a chegada do equipamento e a construção de um prédio para abrigar o centro de reciclagem em 2021, os refugiados começaram rapidamente a separar os resíduos plásticos. Assim que receberem treinamento, passaram a processar o plástico e fabricar os produtos que precisavam como carteiras escolares, bancos, cadeiras, conjuntos para servir chá e móveis.
A ONU está pagando um grupo de refugiados para trabalhar no centro de reciclagem no primeiro ano de operação. Após esse período, eles se tornarão proprietários de parte da instalação. Os produtos serão vendidos para organizações não governamentais que trazem infraestrutura para o acampamento, como as escolas, e para os têm condições de comprar os móveis.
O centro de reciclagem no campo de refugiados, da Argélia, foi implementado visando melhorar a vida das pessoas na área. Ele trouxe benefícios tanto ambientais como econômicos. Ele é um modelo que, segundo o diretor administrativo da Precious Plastic, Joseph Klatt, deveria ser replicado em outros acampamentos, pois gera economia circular dentro dessa comunidade.