Pesquisadores criam barreiras naturais para contenção de petróleo
Pesquisadores baianos criaram duas barreiras a base de fibras naturais que contém vazamentos de petróleo no mar. A inovação, apelidada de Barreira Orgânica de Contenção (BOC), tem como um de seus inventores o estudante de 15 anos, Hagmar Tinocode. Ele foi destaque no 10° Encontro de Jovens Cientistas, evento promovido pela Universidade Federal da Bahia.
A barreira natural desenvolvida pelo estudante é feita com a palha verde do milho, recém-tirada do grão, unida a cordas do sisal. Ele disse que escolheu esse material, pois é muito descartado pela agricultura extensiva. Desse modo, pode ser encontrada facilmente e a baixo custo.
Segundo ele, a palha de milho tem a propriedade de absorver o óleo poluente. Já o sisal, de dar estrutura a barreira de modo que esta suporte as ondas e a mudança constante do tempo do mar.
O mais interessante da Barreira Orgânica de Contenção a base de palha de milho, é que, após o seu uso na contenção de petróleo, ela pode ser triturada e usada na produção de asfalto para manutenção de vias públicas.
A segunda barreira desenvolvida pelos cientistas tem como base as fibras do coco, as quais são modificadas para tornarem-se mais eficientes na contenção de petróleo. Elas passam por um tratamento químico que retira a lignina, ou seja, um tipo de gordura presente nelas.
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Este processo aumenta os poros das fibras e, assim, amplia a capacidade delas absorverem petróleo. As fibras modificadas ficam 20 vezes mais resistentes na sucção de óleo.
Patente
A Barreira Orgânica de Contenção a base de fibras de coco já foi patenteada e testada em praias de Salvador com sucesso. Segundo os inventores, ela pode ser utilizada tanto na água quanto na areia e rochas. Uma de suas vantagens é que, após o seu uso, é possível, em laboratório, retirar das fibras o óleo absorvido, e depois este ser utilizado como combustível de navio.
