domingo, setembro 15, 2024
Meio Ambiente

Estudo das mudanças climáticas será obrigatório nas escolas italianas

O ministro da educação da Itália, Lorenzo Fioramonti, anunciou que o Governo tornará obrigatório o estudo das mudanças climáticas e do desenvolvimento sustentável nas escolas públicas do país.

O plano prevê 33 horas por ano dedicadas a temas ambientais, o que equivale a uma hora por semana, e a integração desses assuntos com outras matérias curriculares como geografia, física ou matemática.

Ministro da Educação Lorenzo Fioramonti defende estudo das mudanças climáticas nas escolas
Ministro da Educação Lorenzo Fioramonti

Alunos de todas as idades aprenderão o conteúdo ambiental. Para as crianças de 6 a 11 anos, o governo pensa em usar histórias infantis, como conto de fadas, que enfatizem uma conexão com o meio ambiente.

Já para os estudantes do ensino fundamental, pretende-se ensinar informações mais técnicas. No ensino médio, a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável será analisada em profundidade.

A medida entra em vigor no início do próximo ano escolar, Setembro de 2020, e o Ministério da Educação está sendo alterado para colocar a sustentabilidade e o clima no centro do sistema de ensino.

Fioramonti tem a intenção de colocar a Itália na vanguarda da educação ambiental no mundo. Ele é um defensor das causas ambientais e já incentivou estudantes a deixarem a escola para participar de protestos climáticos.

O ministro faz parte do partido alternativo Movimento 5 Stelle que tem como prioridade a conservação do meio ambiente. Desde que assumiu o cargo, propôs diversas medidas que irritaram os conservadores como impostos sobre passagens de avião, plásticos e alimentos com muito açúcar.

Apesar das críticas, duas das propostas recomendadas por Fioramonti – taxas sobre o plástico e produtos açucarados – foram aprovadas pelo parlamento italiano. Elas passam a valer a partir de 2020.

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Lucila Freire

Geógrafa e Especialista em Gestão e Auditoria Ambiental. Atua como Consultora Ambiental. Fundou o Sustentabilidade No Ar, pois acredita na forte influência que os meios de comunicação têm sobre a sociedade e quer utilizá-lo para inspirar pessoas e promover conscientização ambiental.